Na manhã desta sexta-feira (03/12), estava prevista uma sessão para eleger a nova mesa diretora da Câmara Municipal de Canindé. Na mesma sessão, foi planejado, por parte do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais SINDSEC, a entrega de um documento que pedia o impeachment do Prefeito Cláudio Pessoa.
O atual presidente da Câmara, Robson Saraiva, disputava a reeleição, com o apoio dos vereadores Ximenes Filho, Panta, Chico Justa, Alexandre Anastácio e Zeleide Araújo; e como a bancada é composta por dez vereadores, automaticamente Robson já estaria reeleito com os seis votos de seus colegas parlamentares. Ocorre, que uma decisão judicial, de última hora, um mandado de segurança impetrado por vereadores suplentes do vereador Alexandre, então pertencentes a mesma coligação, alegaram que o vereador teria tirado licença e não se afastou da Câmara, como seria esperado, e estaria, então, impossiblitado de votar naquela sessão.
O mandado de segurança expedido pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de Canindé, Antonio Josimar Almeida Alves, afastou o vereador Alexandre Anastácio da sessão, dando posse a seu primeiro suplente, o vereador Antônio Caboclo.
O vereador Alexandre deverá retornar às atividades parlamentares no próximo dia 6 de dezembro, data do término de sua licença.
Dada esta informação, os vereadores da base de oposição ao Prefeito Cláudio Pessoa se retiraram do plenário da Câmara Municipal, permanecendo presentes apenas os vereadores Toninho do Gordinho, Germano Uchôa, Antonio Caboclo, Heitor Pessoa e Mariinha Coelho que fazem parte da base de apoio ao Prefeito Cláudio Pessoa. A sessão foi, então, iniciada com os cinco vereadores, mas a população presente não permitiu a continuação da mesma. Houve insultos aos vereadores presentes, com palavras de baixo calão. A Polícia Militar tentou conter o tumulto, mas não foi possível. Parte dos vidros de portas da Câmara foram quebrados, cadeiras também foram quebradas e chegaram a atirar ovos nos vereadores que tentavam dar continuidade a sessão. Depois de muita discussão e confusão, a sessão foi cancelada e uma nova data para sua realização foi marcada para a próxima sexta-feira, dia 10/12.
Depois de todos estes acontecimentos, os vereadores tiveram que ser escoltados pela Polícia Militar quando se retiravam do plenário da Câmara. Um dos veredores, Antonio Caboclo, chegou a ser agredido fisicamente por alguns dos manifestantes. O carro do vereador Germano foi alvo de apedrejamento. Todos os vereadores receberam insultos por parte dos manifestantes e tiveram dificuldade de se retirar do plenário da Câmara.
As autoridades tinham conhecimento da expectativa do grande movimento e presença de populares naquela sessão, mas ninguém se preocupou com o planejamento da segurança naquele local, planejamento este que poderia ter evitado toda esta baderna.