A
Assembleia Legislativa aprovou, em primeiro turno, durante sessão
extraordinária na tarde desta quinta-feira (20/07), a proposta de
emenda constitucional (PEC) que extingue o Tribunal de Contas dos
Municípios do Estado do Ceará (TCM).
A
PEC nº
7/17,
de autoria do deputado Heitor Férrer (PSB), além de extinguir o
órgão também prevê a incorporação de todos os servidores
efetivos daquela corte pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará
(TCE), incluindo os procuradores e auditores que atuam perante os
Tribunais.
O
autor da proposta, ao defender o projeto, ressaltou que apenas quatro
estados brasileiros (Bahia, Pará, Goiás, Ceará) ainda possuem duas
cortes de contas. “Será que os outros 23 estados estão errados e
nós corretos”?, questionou. Ao pontuar o aspecto da economia aos
cofres públicos proporcionada pela medida, o parlamentar afirmou
que, ano passado, o TCM gastou cerca de R$ 126 milhões, mais
do que os tribunais de contas de estados como Alagoas, Acre, Espírito
Santo, entre outros.
Os
deputados Osmar Baquit (PSD), Elmano Freitas (PT) Audic Mota (PMDB),
Dra. Silvana (PMDB) encaminharam votos a favor da PEC. Eles
reforçaram que a medida vai resultar em economia para os cofres do
estado do Ceará, além de otimizar a fiscalização, uma vez que a
fusão vai permitir que o Tribunal Contas do Estado (TCE) conte com a
experiência dos servidores do TCM para fiscalizar tantos os recursos
municipais como os estaduais.
Já
os deputados Sérgio Aguiar (PDT), Danniel Oliveira (PMDB), Ely
Aguiar (PSDC), Carlos Matos (PSDB), Roberto Mesquita (PSD), Fernanda
Pessoa (PR), Odilon Aguiar (PMB), Aderlânia Noronha (SD) e Renato
Roseno (Psol), encaminharam votos contrários à extinção do TCM.
Para eles, a motivação é apenas política, pois trata-se de uma
vingança de um grupo político contrário ao liderado pelo
presidente do TCM, conselheiro Domingos Filho. Eles apontaram ainda o
papel desempenhado pela Corte no controle dos gastos públicos
municipais e pontuaram que a aprovação da PEC trará prejuízos
para a fiscalização dos 184 municípios cearenses.
A
matéria foi aprovada com 32 votos a favor e oito contra. Dos
parlamentares que encaminharam contrário à propositura, apenas o
deputado Carlos Matos não votou. A matéria será votada no Plenário
em segundo turno no próximo semestre legislativo.
Assembleia
do Ceará