Uma força-tarefa, voltada ao combate à pedofilia,
realizada nesta quinta-feira (17), resultou em seis suspeitos presos com
envolvimento em crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes no
Estado. As prisões aconteceram em Fortaleza e fazem parte da Operação Luz da
Infância 2, deflagrada em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal. Equipes
da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e da Perícia Forense do Estado do
Ceará (Pefoce) participaram da ação de cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão,
sendo 15 deles na Capital e um no município de Canindé. Diversos equipamentos
eletrônicos com conteúdo pornográfico foram apreendidos.
A operação Luz na Infância 2 é realizada em parceria
com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da
Justiça e Segurança Pública (MJSP) do Brasil e tem o objetivo de reprimir
crimes cometidos contra crianças e adolescentes em ambiente virtual.
Ao todo, seis suspeitos foram presos, incluindo cinco
por flagrante delito. As prisões aconteceram nos bairros Castelão, Cidade dos
Funcionários, Jardim Guanabara e Varjota. Os homens têm entre 22 e 40 anos. Os
presos foram conduzidos à Dceca e autuados no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), nos artigos 241 A, por oferecer, trocar, disponibilizar,
transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por
meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança
ou adolescente, e no artigo 241 B, por adquirir, possuir ou armazenar, por
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Em Canindé, um homem foi conduzido à Delegacia Regional
de Policia Civil, e após ser ouvido, foi liberado. Segundo informou um inspetor
da delegacia de Canindé, o material eletrônico pertencente ao suspeito como notebook
foi apreendido para investigação.
“Essa operação gerou cinco flagrantes, por posse de
material envolvendo exploração infanto-juvenil e compartilhamento. O perfil é
bem diversificado. Nessa operação, entre os flagranteados a gente observou que
são pessoas que têm certo nível de conhecimento, principalmente em informática.
Todos são homens. São estudantes, advogados, turismólogos, pessoas que estão
baixando e compartilhando material de pornografia infantil”, disse a delegada
Yasmin Ximenes, titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do
Adolescente (Dceca).
Durante os cumprimentos dos mandados de busca e
apreensão nos imóveis alvos da investigação, as equipes apreenderam diversos
equipamentos eletrônicos, como notebooks, HDs externos, CDs, CPUs de
computador, aparelhos celulares, todos com conteúdo pornográfico armazenado.
Todo o material foi encaminhado para a sede da Dceca, em Fortaleza, para serem
incluídos aos autos. O material seguirá para o Núcleo de Informática Forense da
Copec da Pefoce, onde será analisado.
Na primeira fase da operação, os dados foram
levantados por cerca de seis meses de trabalho investigativo. Desde então, as
ações para apurar mais informações e identificar outros suspeitos continuaram.
Durante os trabalhos policiais, foram constatados indícios suficientes de
autoria e materialidade delitiva para solicitar os mandados de prisão contra os
suspeitos.
A segunda fase da operação no Ceará contou com a
atuação de 81 policiais civis do Departamento de Polícia Especializada (DPE),
do Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Unidade Tático Operacioanal
(UTO) e da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente
(Dceca) e oito peritos da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) da Perícia
Forense.