Fenômeno será visto das
14h05 às 17h55
O
eclipse anular do sol está previsto para este sábado (14) e poderá ser
visto do Brasil. Na ocasião, a lua vai cobrir a maior parte do disco solar,
deixando apenas um anel brilhante na borda. O Observatório Nacional, órgão
ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, vai transmitir o
eclipse em evento virtual O Céu em sua Casa: Observação Remota, que
é uma opção para que as pessoas acompanhem o fenômeno com segurança.
A transmissão virtual terá início às 11h30 da manhã (horário de Brasília) quando o eclipse
anular estiver começando na costa oeste dos Estados Unidos, e vai acompanhar todo
seu percurso até que chegue ao seu final na costa leste do Brasil em torno das
17h30. Para saber onde o eclipse será visível, observatório indica uma página na
internet.
“O
eclipse anular ocorre quando a Lua, como vista a partir da Terra, parece menor
que o Sol [no céu]. Assim, a Lua não cobre o disco solar totalmente, restando
um anel luminoso no contorno da lua, daí a razão do nome 'eclipse
anular'”, explicou o doutor em Astrofísica Leonardo Almeida, professor da
Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN).
O
fenômeno é diferente de um eclipse total, quando a lua cobre completamente o
disco solar, deixando apenas a coroa solar visível. O Observatório Nacional
aponta que o eclipse anular ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto
mais distante de sua órbita da Terra, e nesse momento a Lua aparece menor, o
que permite que este anel seja visível no eclipse.
Almeida
aponta que essa diferença se deve ao fato de que a órbita da lua ao redor da
Terra não é circular, o que faz com que a distância entre ambas varie ao longo
do período de translação da Lua.
O
especialista ressalta que o eclipse no formato anular não poderá ser visto
de todo o país. “Apenas em alguns estados das regiões Norte (Amazonas, Pará e
Tocantins) e Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte
e Paraíba) do Brasil o eclipse anular poderá ser visto. Nos demais estados do
país, o eclipse será parcial. Isso ocorre porque a visibilidade de um eclipse
depende da posição do observador em relação à linha do eclipse”, disse o
astrofísico.
O
professor Tarciro Mendes, também da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da
UFRN e doutor em Física, explica que é necessário que o observador esteja
exatamente sobre a linha “riscada” pela umbra, que é a região onde a sombra da
Lua sobre a Terra é a mais intensa. “Contornando a umbra temos a penumbra, onde
os observadores sob ela podem observar um eclipse parcial. Fora da penumbra e
da umbra, não é possível observar eclipse algum”, disse.
O
físico explicou que, no Brasil, o eclipse começa a ser visto às 14h05 na cidade
de Tefé (Amazonas) e acaba às 17h55 na cidade de João Pessoa (Paraíba),
considerando o evento completo, tanto anular quanto parcial. “O Brasil é o país
do mundo onde a anularidade - período de tempo em que a Lua permanece
totalmente dentro do disco solar - terá a maior duração, 55 minutos e 30
segundos”, ressaltou.
Por Agência Brasil