Em um ano em que o governo tenta debelar a crise ocasionada pelo escândalo de desvios na Petrobrás, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em mensagem encaminhada ao Congresso Nacional nesta tarde de segunda-feira (2), disse que o combate à corrupção e a reforma política serão dois temas prioritários em seu segundo mandato.
A mensagem foi lida pelo primeiro-secretário do Congresso, Beto Mansur (PRB-SP). Nela, Dilma disse que seu governo está combatendo “sem trégua a corrupção” pela “ação livre dos órgãos de controle”. “Ao contrário do que acontecia, hoje o Brasil avança no combate à impunidade”, disse Dilma.
Ela resgatou ainda uma promessa de campanha para combater malfeitos: um pacote com projetos que, disse, serão encaminhadas ao Legislativo ainda neste ano. Entre as propostas está transformar a instituição de um tipo de ação judicial que permita o confisco de bens de agentes públicos que não demonstrarem a origem de seus ganhos.
Todas essas medidas têm o propósito de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras”, disse, ressaltando que um dos objetivos é evitar brechas que permitam que julgamentos “se arrastem”, mas preservando o amplo direito de defesa. “Será um forte golpe na impunidade”.
Ela também conclamou os parlamentares a aprovarem uma reforma política, um tema de responsabilidade do Legislativo e que virou recorrente depois das manifestações de rua de 2013. Segundo Dilma, o “pacote anticorrupção” trará “resultados apenas parciais” se uma reforma política não for realizada para enfrentar “insuficiências e distorções do nosso sistema de representação política”.
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