No
Sertão do Ceará, uma cidade exemplifica como poucas a persistência
de Francisco e sua força de fé o ano inteiro. Canindé conhecida
com ‘’ASSIS BRASILEIRA’’, título dado pelo pároco e reitor
do santuário Frei Marconi Lins, é um centro de devoção do povo
nordestino, conhecido internacionalmente por realizar a maior romaria
franciscana das Américas e, a segunda do mundo.
Este
ano, além dos 100 anos do novo santuário comemorados no dia 02 de
maio, agora é a vez dos 90 anos de elevação de Basílica Menor,
privilégio de poucas igrejas no mundo.
No
dia 04 de outubro de 1926, no setingentésimo aniversário de morte
de São Francisco, o Senhor Arcebispo Dom Manoel da Silva Gomes,
durante missa pontifical, lê a Bula de 30 de novembro de 1925 do
santo Padre Pio XI elevando este Santuário a categoria de Basílica
Menor.
O
referencial de visita à cidade de Canindé é a Basílica de São
Francisco das Chagas, local onde os romeiros fazem seus
agradecimentos e pagam suas promessas. O templo é de estilo
gótico-barroco e suas paredes possuem uma espessura de chamar
atenção. Esse templo possui uma altura de 25 metros (torre), quase
30 m de largura e 100 m de fundo. Em sua história, passou por várias
reformas. Foi Capela, matriz e, em 1926, foi elevada à categoria de
Basílica Menor pelo Vaticano.
“O
lugar onde foi edificado o Santuário de Canindé é sagrado para os
peregrinos, não somente pelo fato de reunir pessoas para o culto,
mas porque o santo que lá se revela para eles é vivo e confirma não
só a sua presença, mas também o local como sendo escolhido por
ele”.
Na
Basílica, os romeiros chegam vestidos de veste franciscana, mortalha
(hábito) semelhante ao de São Francisco, de joelhos, a pé e seu
procedimento é irem rezando como os olhos bem abertos, com
sentimentos de alegria e fé, e cheios de esperança e gratidão, ao
encontro da imagem que fica no altar central da Basílica. Abaixo da
imagem de São Francisco, os romeiros rezam de mãos postas, de
braços abertos sentados nos bancos da Igreja, ou mesmo deitados
dentro do templo, descansando, o que revela uma dimensão de
intimidade e confiança que os romeiros depositam em São Francisco.
Fotos
e texto de Antônio Carlos Alves
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