O intervalo para aplicação da terceira dose em pessoas a partir de 18
anos no Ceará será reduzido de cinco para quatro meses (120 dias). A decisão
foi pactuada nesta terça-feira (7) durante a 8ª reunião extraordinária da
Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
A medida é válida para quem completou o esquema vacinal (duas doses) com
os imunizantes da CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. A dose de reforço deverá ser
necessariamente desta última vacina, independentemente das doses anteriores.
“Reforço para que todos os cearenses fiquem atentos às listas de
vacinação em seus municípios. Apenas com a imunização em massa conseguiremos
superar de vez essa pandemia”, destacou o governador Camilo Santana ao noticiar
nas redes sociais a resolução da CIB.s
A resolução apoia-se na nota técnica 59/2021, do Ministério da Saúde, na
qual amplia-se a vacinação com dose de reforço para toda a população adulta,
visto que estudos mostraram amplificação da resposta imune após a terceira dose
tanto na população com idade entre 18 e 59 anos, quanto nas pessoas com 60 anos
ou mais.
De acordo com a secretária executiva de Vigilância e Regulação da
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ricristhi Gonçalves, “a decisão é
importante nesse momento em que vivemos um cenário que, possivelmente, a variante
Ômicron possa ser detectada no Ceará, além de outras variantes”.
Segundo a gestora, com a proximidade das festas de fim de ano, faz-se
necessário também o reforço na imunidade de pessoas que tomaram a segunda dose
há mais tempo. “É fundamental que as pessoas compareçam ao agendamento da
terceira dose”, ressalta.
A redução no intervalo, continua Gonçalves, vai permitir, ainda,
otimizar o uso de imunizantes da Pfizer, que devem ser armazenados em
temperaturas positivas entre 2º C e 8º C. Os imunobiológicos têm validade de 31
dias. “Com a antecipação de cinco para quatro meses, os municípios poderão
agendar mais pessoas”, afirma.
Passaporte sanitário
Em relação ao uso do comprovante de vacinação para entrar em
ambientes públicos ou privados, a antecipação da terceira dose para quatro
meses após o esquema vacinal inicial (duas doses) não terá interferência. Para
fins de fiscalização, será considerado, no entanto, atraso na aplicação da dose
de reforço a partir do quinto mês, conforme indica o Ministério da Saúde.
Ascom/Sesa
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