O boletim semanal Infogripe - divulgado hoje (23), no Rio
de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - revela um aumento de casos
de covid-19 entre os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A
situação é observada em todas as regiões do país.
A SRAG é uma complicação respiratória que demanda
hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção
viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de
saturação de oxigênio, entre outros sintomas.
Os dados atualizados apontam que - nas últimas quatro
semanas epidemiológicas - a covid-19 estava relacionada a 61,8% dos casos de
SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. O vírus sincicial
respiratório (VSR) representou 16,3% e a influenza A, 6,2%. No entanto, quando
se observa apenas os quadros de SRAG que evoluíram a óbito, 93,3% estão
associados à covid-19.
Expansão
O levantamento traz, ainda, uma análise para as próximas
três semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo). Em 15
das 27 unidades federativas, o cenário aponta para aumento na tendência de
longo prazo. "No Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba, esse crescimento se
destaca e é mais acentuado até o momento", alertou a Fiocruz.
Ao todo, já foram registrados no país 267.226 casos de
SRAG em 2022. Pesquisadores da Fiocruz recomendam a retomada do uso de máscaras
adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais
fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso,
lembram que a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de
agravamento da covid-19.
O Boletim Infogripe leva em conta as notificações de SRAG
registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de
Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada
na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados
inseridos até a última segunda-feira (21).
AGÊNCIA
BRASIL
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