Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Por 5 votos a 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou,
nesta sexta-feira (30), o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade pelo
período de oito anos. Com o entendimento, o ex-presidente fica impedido de
disputar as eleições até 2030. Cabe recurso da decisão.
O TSE julgou a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada
com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar
o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada
pelo PDT.
Mais cedo, após a maioria de votos formada contra o
ex-presidente, o julgamento prosseguiu para tomada do último voto, proferido
pelo presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, que acompanhou a
maioria para condenar Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos
meios de comunicação.
Para o ministro, Bolsonaro usou a estrutura pública para fazer
ataques ao Poder Judiciário e a seus membros durante a reunião e
divulgar desinformação e notícias fraudulentas para descredibilizar
o sistema de votação. Entre as falas, Bolsonaro insinuou que não seria
possível auditar os votos dos eleitores.
Por unanimidade, o TSE absolveu o general Braga Netto,
candidato a vice-presidente da República na chapa de Bolsonaro nas eleições de
2022. Todos os ministros entenderam que ele não teve relação com a reunião. O
nome dele foi incluído no processo pelo PDT.
Pela legislação eleitoral, Bolsonaro fica inelegível por oito
anos e só poderá voltar a disputar as eleições em 2030.
Por Agência Brasil
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