A terceira fase da operação Hasta do Ministério Público do Estado do Ceará e da Delegacia de Combate à Corrupção resultou na prisão, nesta terça-feira (17/09), de seis pessoas em Itatira. Entre os detidos, estão a secretária de Finanças, o controlador do Município e um ordenador de despesa da prefeitura. Os investigados são suspeitos de envolvimento na prática de conluio, ou seja, agiam de forma combinada para facilitar desvios de verba, pagamentos indevidos e fraudes em processos licitatórios.
A ação contou com a
participação dos delegados da Polícia Civil Karlus Kleber, Aline Vasconcelos e
Patrícia Senna e do promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, titular da 2ª
Promotoria de Justiça de Canindé. Segundo o membro do MP do Ceará, “as
evidências apontam para a existência de associação criminosa dedicada a
práticas de crimes contra administração pública do município de
Itatira”.
A operação foi desencadeada
após investigações complementares que revelaram indícios de uma complexa rede
de corrupção e desvio de recursos públicos, envolvendo as fraudes nas
licitações e contratações públicas, além de lavagem de dinheiro. Além das prisões,
também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais da
cidade. Na ocasião, foram apreendidos objetos, uma arma de fogo e R$ 60
mil na residência da secretária de Finanças do município. A operação teve o
objetivo de reunir provas adicionais e garantir a completa responsabilização
dos envolvidos.
Operação Hasta
O nome da operação refere-se a uma expressão de origem árabe que significa “sob
a lança”, o que quer dizer que debaixo da lança nada deveria ser oculto. Os
trabalhos da primeira fase foram centrados em membros da mesma família e na
utilização de “laranjas” para fundarem e/ou assumirem empresas que concorriam e
ganhavam licitações milionárias nos municípios de Fortaleza e Itatira.
A primeira fase resultou no
sequestro de 38 veículos e de um imóvel, no bloqueio de R$ 2 milhões e na
prisão de duas pessoas pelos crimes de falsificação de moeda, tentativa de
homicídio e porte ilegal de arma de fogo. As investigações apontaram que o grupo
teria movimentado R$ 132 milhões em oito anos. A segunda fase da Operação Hasta
foi deflagrada em outubro de 2021, também em Fortaleza e Itatira. As
investigações apuraram crimes de organização criminosa e lavagem de
dinheiro. Ao todo, sete pessoas foram presas.
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