quinta-feira, 16 de outubro de 2014

População vai às Ruas Defender Romarias de Canindé


Devido aos critérios utilizados na rigorosa fiscalização para com os veículos que estão sendo barrados pelos órgãos de segurança de trânsito nas fronteiras dos estados vizinhos ao Ceará, e outras barreiras estratégicas de fiscalização também no próprio território cearense, motivada pela recomendação da promotoria de justiça da comarca de Canindé, foi realizada, na manhã desta Quinta-feira (16), uma manifestação pela população residente na cidade da fé onde participaram jovens, crianças, professores, comerciantes, camelôs, mototaxistas, funcionários públicos, comunidade franciscana, frades e representantes da população de uma forma em geral, para assim repudiar o sofrimento e constrangimento enfrentado pelos devotos de São Francisco, quando tão somente buscam exercer a sua fé diante a sua intimidade com Jesus. 





Porém, o movimento ressaltou que não quer que as leis sejam descumpridas, mas, que haja sensibilidade por parte das autoridades para com a situação, devido às várias dificuldades enfrentadas no Nordeste quanto a adequação e melhorias que as autoridades dos municípios terão que fazer para com o transporte de pessoas que vêm em romaria, já que no Brasil a lei também abre precedentes e pode haver flexibilização e exceções no que se refere a este tema. 

O fato, é que não existe estrutura econômica nem estrutura viária nem repartições públicas onde possam ser providenciados os trâmites burocráticos necessários em todos os municípios para que os veículos sejam devidamente regularizados de acordo com todos os requisitos legais exigidos. 

Porém, o que chama a atenção é que mesmo respaldados por esse direito que garante a lei e com as autorizações em mãos emitidas pelos órgãos competentes, os veículos Pau de Arara vindos de Codó, no Maranhão, não conseguiram passar nas barreiras dos órgãos de fiscalização, gerando constrangimento e desrespeito para com os devotos de São Francisco de Canindé. 

Outro aspecto que chama a atenção de acordo com o movimento, o que supostamente caracterizaria a confirmação de "perseguição religiosa" e até de preconceito para com os romeiros do Nordeste, pois até mesmo os ônibus, com toda a regularização e com toda a segurança exigida, só pelo fato de não haver autorização para o transporte de turismo, já que a viagem é única e apenas no período festivo, também foram barrados e obrigados a retornarem antes de chegar a Canindé.

A "caminhada fúnebre" percorreu várias ruas da cidade, inclusive com paralisação em frente ao prédio da promotoria de justiça local com palavras de ordem: "o povo na rua, promotora, a culpa é sua", fazendo menção à recomendação da promotoria local de coibir quaisquer irregularidades no transporte de pessoas.

De acordo com os manifestantes, além dos romeiros que foram impedidos de exercer sua manifestação de fé, existe um enorme prejuízo para os canindeenses, já que 85% da população local sobrevive da romaria de São Francisco.

O que gerou mais indignação e revolta nas pessoas, por conta do episódio ocorrido nas estradas do Nordeste do Brasil, foi pelo fato de terem implantado e posto em prática esta extrema e rigorosa fiscalização, sem precedentes, tão somente por ocasião da romaria do Santo Milagroso, momento em que o povo vem, simplesmente, para rezar e expressar livremente sua gratidão por graças alcançadas.

Confira o "grito" do povo nas ruas: 




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