A Secretária de Agricultura e Recursos Hídricos de Canindé, estar elaborando um plano para o cultivo de uma planta que surge como alternativa de convivência com o semiárido. Segundo o Secretário Domingos Sávio, a ideia é aproveitar o rejeito das águas dos 17 dessalinizadores do projeto água doce e começar a preparar unidades de testes de demonstração da leguminosa para alimento de ovinos, caprinos e bovinos. Dentro do projeto já existem os bebedouros que foram construídos através do água doce.
A erva-sal (Atriplex nummularia) classificada como planta halófita por sua habilidade de não só suportar altos níveis de salinidade do complexo solo-água, mas também por acumular significativas quantidades de sais em seus tecidos.
Erva-sal é o nome vulgar dado, no Brasil, às plantas do gênero Atriplex. Esse gênero pertence à família Chenopodiacea, que conta com mais de 400 espécies distribuídas em diversas regiões áridas e semiáridas do mundo. Dentre as espécies da família Chenopodiacea, aproximadamente 15% delas interessam à produção animal, sendo a Atriplex nummularia uma das mais importantes como forrageira. Ela pode ser plantada de forma consorciada com a leucena, outra espécie espetacular para o consumo animal.
Esta espécie foi introduzida no nordeste brasileiro, através da Inspetoria Federal de Obras contra as Secas, na década de 30. Todavia, só agora ela está despertando o interesse dos pesquisadores brasileiros. Com o objetivo de adequar a técnica da osmose inversa às águas salinas oriundas dos aquíferos do cristalino e de avaliar técnicas de manejo eficiente dos rejeitos, a fim de reduzir problemas ambientais, este projeto se propõe a dessalinizar água por osmose inversa e estudar alternativas para uso e acondicionamento adequado dos rejeitos.
As experiências estão sendo realizadas no Campo Experimental de Manejo da Caatinga da Embrapa Semiárido em Pernambuco pela pesquisadora Salete Moraes. O sistema proposto para acondicionamento dos rejeitos é a sua utilização como água de irrigação para cultivos da erva-sal.
O projeto está em andamento e os estudos apresentados dizem respeito ao período de acompanhamento de janeiro de 1998 a março de 2014.
Com informações de Antônio Carlos Alves
Fotos do Governo da Paraíba e Embrapa Pernambuco
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