Após
bons resultados na Educação, divulgados quarta-feira (25) e que
colocam o Ceará
em posição de destaque no Nordeste e no Brasil,
o Governo do Ceará entregou, nesta quinta (26), mais uma Escola de
Ensino Médio, desta vez no município de Canindé.
O
novo prédio fica localizado no assentamento Santana da Cal, tem
capacidade para atender até 540 estudantes, de 36 comunidades do
município, nos turnos manhã e tarde.
Acompanhado
da vice-governadora Izolda Cela e do secretário da Educação,
Idilvan Alencar, o governador Camilo Santana compartilhou a emoção
de inaugurar mais um equipamento da educação. “Sempre me emociono
quando entrego uma escola ou realizo uma ação na educação, mas
hoje me emocionei mais. É uma escola que se diferencia das demais,
porque ela acolhe filhos de agricultores, homens e mulheres do campo
que trabalham diariamente para garantir a educação dos filhos”,
dividiu o governador. “É uma escola que representa a resistência
de gente que vive e quer viver no campo”, continuou.
O
titular da Seduc também antecipou que, além desta, outras quatro
escolas estão em construção: duas em Canindé – em Logradouro e
Conceição Salitre; uma em Quixeramobim, em Nova Canaã; e outra no
município de Mombaça, em Salão. “Nós respeitamos o projeto
pedagógico desta escola. E é com alegria que, das 15 escolas
estaduais em funcionamento na região, esta é 2º lugar nos
resultados”, comemorou.
“É
uma alegria que o governador entregue oficialmente esta escola, fruto
de tanta luta e reivindicação pela educação, uma luta dos
trabalhadores. E eu sei que esta é uma pauta cara para ele (Camilo
Santana), principalmente pela formação dele, pelos princípios com
que ele se guia na administração pública”, compartilhou a
vice-governadora Izolda Cela. “Um governo inteligente começa pela
educação”, acrescentou a prefeita de Canindé, Maria do Rosário.
Com
a nova unidade de ensino, o Ceará passa a contar com oito escolas em
funcionamento em assentamentos rurais localizados em Canindé,
Itapipoca, Itarema, Jaguaretama, Madalena, Monsenhor Tabosa, Ocara e
Santana do Acaraú – atendendo cerca de 1.800 alunos.
A
escola foi construída, mobiliada e equipada com recursos estaduais e
federais, somando investimento de R$ 4.1 milhões. São seis salas de
aula, biblioteca, laboratórios de Línguas, Informática e Ciências,
além de quadra poliesportiva.
O
diretor da escola, Erivando Barbosa, classifica a unidade como
“simbologia para a classe trabalhadora da região”. Ele relaciona
a instalação do prédio no assentamento com a luta dos
trabalhadores do campo. “A palavra que mais define é isso:
conquista. Mas essa conquista só estará completa se os
trabalhadores continuarem garantindo que essa escola esteja a serviço
dos interesses da classe trabalhadora, na produção do conhecimento
para a dignidade da vida no campo”, avaliou.
A
aluna Emily Teixeira, de 17 anos, mora na zona urbana de Canindé,
onde também tem outras Escolas de Ensino Médio. Ela conta, porém,
que a unidade instalada no assentamento é como uma casa, por isso
enfrenta diariamente os cerca de 24 quilômetros que distanciam o
Centro da cidade de Santana do Cal. “A escola do campo representa
uma pedagogia muito linda, que se utiliza da metodologia de Paulo
Freire. É uma escola puxada pelo movimento social, o que contribui
pra nós construirmos uma base de força e democracia”, afirmou.
Por
ser instalada em área de assentamento, a unidade apresenta
componentes curriculares diferente das escolas regulares
convencionais. Em dois dias da semana, os alunos ficam na escola em
tempo integral, tendo acesso a disciplinas como Práticas Sociais
Comunitárias; Projeto, Estudo e Pesquisas; e Organização do
Trabalho e Técnicas Produtivas, ministrada por um agrônomo. Os
conteúdos extras somam 8 horas-aula à carga horária padrão. “São
disciplinas de base. Chamamos assim porque, no momento em que nos
formamos aqui, nós estamos assumindo um papel importante,
principalmente com a educação no campo”, explicou Emily.
Para
o diretor da unidade, esses elementos que compõem a pedagogia da
escola faz com que muitos saiam da sede da cidade para ter acesso à
educação. “É a identificação com a filosofia da escola. Nossa
escola pretende romper com o paradigma da escola tradicional,buscando
trabalhar, também, a formação humana. É uma educação que não
está voltada apenas para atender aos interesses do mercado”,
orgulha-se o gestor.
Com
informações da assessoria do Governo do Ceará
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